quarta-feira, 25 de agosto de 2010

COLO...


“Prende-me no teu silêncio, longe dos rumores e das agitações do mundo.  Em um silêncio no qual o meu ser se encontre na sua verdade, na sua nudez, na sua miséria, porque este silêncio me permite descobrir a mim mesmo.  Prende-me na riqueza divina do teu silêncio, plenitude capaz de preencher tudo na minha alma.  Fazei desaparecer em mim o que não é vosso, aquilo que não pode estar junto de vós, aquilo que não é a tua presença pura e simples; a tua presença solitária, pacífica.  Impõe silêncio aos meus desejos, aos meus caprichos, aos meus sonhos de evasão, à violência de minhas paixões.  Cobri com o teu silêncio a voz das minhas reinvindicações, dos meus lamentos.  Impregna com o teu silêncio a minha natureza tão impaciente por falar, demasiada inclinada à ação exterior e rumorosa.  Impõe o teu silêncio também à minha oração, a fim de que ela seja um puro ímpeto lançado na vossa direção. Fazei descer, ó Senhor, ao mais profundo de meu ser o teu silêncio e depois fazei subir novamente este silêncio na direção de vós como uma homenagem de amor.

Um comentário:

  1. Olá Lilian!
    Que Lindo...É mais que um poema, uma oração, uma prece...Quem a escreveu é abençoado(a) e ao lê-la, a paz se instala e aquieta a nossa alma.
    Obrigada...
    Bjs do sul perfumado,muito perfumado...
    É A PRIMAVERA CHEGANDO.

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